segunda-feira, 24 de junho de 2013

PAULO GUSTAVO, TE AMAREMOS PARA SEMPRE E LUTAREMOS POR JUSTIÇA!

Sempre ao acordar, a cada amanhecer, enfrento um desafio. Respiro fundo várias vezes e tento achar forças para levantar e conseguir sobreviver a mais um dia sem meu Paulo Gustavo. Hoje, ao abrir os olhos e ver que já era dia, lembrei como Paulo Gustavo ficava feliz quando via o claro do dia e me acordava dizendo: "Mamãe, já é dia, vamos levantar!" Às vezes eu dizia: "vamos dormir mais um pouquinho", mas não tinha jeito, ele queria logo levantar, ir para a TV, assistir, ou pegar um brinquedo para brincar (principalmente se fosse um brinquedo novo), que, às vezes, à noite ele não queria parar de brincar e ir dormir. Quando o convencíamos, ele ia dormir, mas ao acordar era a primeira coisa que lhe vinha à mente e ele já ia lá, correndo,buscar o tal brinquedo.
 













Sua alegria e energia para viver, aproveitar cada segundinho da sua vida, foi sempre muito visível. À tarde, depois do almoço, eu falava: Paulo Gustavo, vamos dormir um pouquinho? E ele me dizia: "Eu não gosto de dormir". E eu dizia: ele não quer perder tempo. Hoje, ao lembrar de tudo isso, sei que ele realmente não perdeu tempo, aproveitou intensamente cada segundinho de sua linda vida, mas sei que se ele tivesse tido chances de escolher, iria escolher ficar aqui, fazendo tudo o que ele gostava de fazer.



Tenho muita revolta, sim, dentro de mim, pois meu filho foi privado de continuar vivendo, brincando, amando,... por um "ser humano" irresponsável. Se a atitude daquele maldito ser, fosse de responsabilidade, meu filho continuaria aqui conosco.

Meu primeiro bebê também partiu cedo, mas foi de forma natural. Na época, pensei que iria morrer com tanta dor, fiquei muito tempo sem razões para viver. Mas, ao nascer, Paulo Gustavo me trouxe novamente alegria, esperança, vontade de viver. E eu o protegia tanto, como amava e cuidava bem do meu pequeno. Só que não consegui protegê-lo daquele maldito caminhoneiro irresponsável, imprudente e sem respeito à vida humana. Ele não me deu chance nenhuma de proteger meu filho. O caminhoneiro foi um covarde, que nos atingiu pelas costas. Não estava preparada para essa situação. Eu ainda vi o maldito caminhão vermelho se aproximando rapidamente do nosso carro. Às vezes, penso porque não gritei para meu esposo jogar nosso carro para fora da pista, mas não tive tempo, até porque quando vemos um carro atrás, imaginamos que vai ultrapassar quando for possível, ou aguardar o momento correto e nunca que ele vai querer passar por cima, mas foi o que o caminhão vermelho fez, passou por cima da minha família e matou meu filho! Eu perdi meu filho! Perdi meu único filho novamente!  E sei que não mereço isso! 

Tento não enlouquecer com tanta dor, pois vi meu filho morrendo (isso não sai da minha cabeça). E quem o matou e me fez presenciar a cena mais horrível da minha vida e sentir a dor mais cruel que uma mãe pode sentir, foi um caminhoneiro irresponsável. Vou lutar por justiça! Vou lutar por leis mais rígidas, que punam com rigor quem comete crimes de trânsito.

Meu filho, Paulo Gustavo era a criança mais linda e feliz do mundo, e não merecia uma morte tão violenta, nem ser ceifado do convívio familiar que tanto o amava e que ele retribuía esse amor tão intensamente. Agora, vivo esperando que a justiça seja feita.

Que a justiça seja feita e esse caminhoneiro pague pelo crime que cometeu, para que não destrua outras famílias como destruiu a minha. JUSTIÇA! É O QUE PEÇO!!!! 

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